O Natal é a época do ano em que as emoções ganham vida. É o momento de nos conectarmos, celebrarmos e refletirmos sobre o que verdadeiramente importa.
As marcas que compreendem isto vão para além da simples venda de produtos. Criam campanhas que emocionam, que ficam na memória e fazem com que as pessoas se sintam parte de algo maior.
No Natal, contar histórias não é apenas marketing. É criar magia.
Mas como transformar simples anúncios em momentos inesquecíveis?
1. Tocar o coração do consumidor
Histórias emocionantes têm um poder multiplicador. Não só conectam como também inspiram as pessoas a partilhá-las.
Trata-se de criar narrativas que não vendam produtos, mas sim momentos. No fundo, fazer com que as pessoas entrem na história. É mais do que ganhar consumidores. É ganhar corações.
Um exemplo brilhante é o “The Man on the Moon” (2015) da John Lewis, uma história que é uma verdadeira lição de empatia.
2. Celebrar temas universais: amor, generosidade e união
O Natal transcende diferenças culturais porque fala de valores universais: estar junto de quem amamos, partilhar o que temos, dar sem esperar nada em troca.
A campanha “Voltar a Casar” da Edeka (2015), na Alemanha, trouxe uma história de cortar o coração. Um idoso que se vê forçado a fingir a sua própria morte para reunir os seus filhos, que estavam demasiado ocupados… no Natal. É uma mensagem crua mas realista, que nos relembra o valor das pessoas à nossa volta e a importância de estarmos presentes, não apenas fisicamente.
3. Criar nostalgia visual e sensorial
Quando pensamos no Natal, há uma série de imagens que nos vêm à cabeça: luzes a piscar, neve a cair, lareiras acesas, famílias reunidas à volta da mesa. E as campanhas que trazem esses elementos criam uma ponte entre o presente e o passado.
Um exemplo clássico é o “Holidays are Coming” da Coca-Cola, em que um camião vermelho percorre as estradas ao som de um jingle que já se tornou um símbolo natalício. Onde quer que esteja, aquele camião acende uma faísca de antecipação ao Natal.
Este filme mostra-nos a importância de usarmos símbolos universais do Natal para criar um ambiente que seja familiar e confortável. No fundo, quando as pessoas veem a campanha, elas têm de sentir que o Natal chegou.
4. Mensagens simples, mas profundas
Algumas das campanhas mais emocionantes não têm muitas palavras nem grandes orçamentos. Contam histórias simples, que tocam profundamente as pessoas.
Um exemplo inesquecível é o anúncio “The Surprise” (2019) da Apple. Mostra duas crianças a usarem um iPad para criarem um presente especial para o seu avô, que estava de luto pela morte da esposa. Construíram um álbum digital cheio de memórias da avó que ele tinha perdido.
Sem grandes discursos, esta campanha mostra o que realmente importa: o carinho e o amor que dão significado a cada gesto.
As campanhas de Natal mais icónicas não são sobre vendas, mas sobre emoções
Contar histórias no Natal é como decorar uma árvore: cada detalhe importa. E o objetivo final é sempre criar algo que aqueça o coração.
As campanhas mais icónicas desta quadra, aquelas de que falamos com os amigos e que eventualmente mais tarde vamos recordar e são sobre emoções. São histórias que fazem rir, chorar e, acima de tudo, recordar.
E quando uma marca consegue entrar nesse espaço emocional, deixa de ser apenas uma escolha comercial e torna-se parte integrante da vida das pessoas.
Feliz Natal e que seja uma quadra repleta de emoções.