Cristina Amaro
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Orientação pelas estrelas

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Orientação pelas estrelas

Orientação pelas estrelas

Passamos grande parte da nossa vida em processos de orientação, alguns bastante difíceis. Todos vivemos fases ou momentos em que nos preocupa a orientação vocacional ou educativa, de encaminhamento do que aprendemos em função de aptidões e motivações. Outras etapas chegam em que nos teremos de orientar tendo por base as possibilidades de emprego existentes para que, no mínimo, se paguem faturas indispensáveis…

Bom seria, nestas e em outras obrigatórias fases da vida, que existisse uma bussola mágica que nos desse aquela parte colorida do norte magnético ou o ponto cardeal do norte geográfico. Seria igualmente fantástico que, ao longo da vida, sempre que existissem dificuldades de orientação, olhássemos para o Sol ao meio dia e encontrássemos o norte dos nossos sonhos na sombra refletida ou que, com um pouco mais de paciência, aguardássemos pelo por-do-sol e descobríssemos o caminho para aquele oeste motivador que durante tanto tempo sonhámos e procurámos.

Infelizmente, correndo ou caminhando, depressa ou devagar, nem sempre encontramos superfícies planas e horizontais, retirando toda a utilidade às bussolas da nossa vida, enquanto sentimos que não estamos preparados, de todo, para fazer a sua correção metálica. Da mesma forma, perdemo-nos nos dias de céu nublado ou nas imensas noites sem dormir, porque de nada nos valerá, nestas circunstâncias, a orientação pelo Sol.

Restam-nos as estrelas e as suas constelações, também orientadoras. E pouco importa que seja a Ursa Maior, a Menor, Orion ou Cassiopeia. Queremos apenas saber para onde ir…

Da minha parte, acredito que as estrelas, sendo protagonistas do método natural de orientação mais antigo, ajudem as organizações a não se perderem quando caminham em busca do sucesso, seja ele um trajeto fácil ou árduo, longo ou curto. No entanto, para isso acontecer, é vital que as estrelas sejam os seus recursos humanos devidamente valorizados e não transformados em simples números sem rosto, tantas e tantas vezes alvos frágeis e, por isso, fáceis de dispensar, apenas por troca de mais uns trocos no bolso de quem dispensa.

Estou convencido de que mais importante do que as bússolas de agulhas douradas, de topo de gama ou de qualidade duvidosa, as organizações e empresas devem ser especialmente guiadas pelas suas estrelas. Estas sim, as únicas capazes de orientar e de transmitir felicidade a quem, liderando, se deixa guiar de uma forma sustentada e gratificante, por caminhos verdadeiros.

Em liderança, não basta saber-se que as estrelas existem. É preciso fazê-las brilhar…

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