Gosto de viver devagar. De sentir a vida intensamente mas em modo slow. Para a saborear.
Foi a parte boa do meu colapso. A possibilidade – e talvez até oportunidade – que a vida me deu de mudar. Mudar do fast forward para o slow forward. Do “viver sempre a correr” para o “fazer com calma”.
Sempre fui adepta do slow life. Não sou feita de uma tendência, muito menos de uma moda passageira. Desde pequena que tenho o meu ritmo. Desde pequena que estudava no silêncio. Que me levantava cedo. Sempre fui adepta dos resumos das aulas nos tempos de escola para interiorizar as matérias. De ler cada linha do texto de uma história. De escrever com a mão. De sentir com o coração.
O mercado de trabalho foi-me transformando. Fui deixando para trás, aos poucos, o contato com a Natureza e substituindo pelas reuniões. Rápidas, muitas delas. Tudo passou a ser, aos poucos, acelerado. E isso, na verdade, é quase impossível alterar. O mundo hoje é assim. É o mundo que tenho de aceitar.
Não o posso mudar, mas posso eu mudar. Posso criar o meu mundo. O meu novo mundo e escolher o equilíbrio. O equilíbrio entre o ritmo acelerado e o viver devagar. O equilíbrio entre o corpo e a mente. O físico e o mental. O silêncio e a confusão. Sou mulher. Esposa. Filha. Empresária. Jornalista de coração. Curiosa . Sempre disponível para uma boa história. Sou também uma apaixonada pelas pessoas e pelas suas capacidades. Adepta de um ciclo de desenvolvimento económico que começa em nós.
O meu recomeça aqui. Porque é aqui que encontro a paz. Que me sinto cá dentro. Que me encontro no meio do caos. É a viver devagar que a vida tem mais sabor.
A vida acelerada que tenho como empresária e jornalista, agora tem outro lado, o da calma, que me permite fazer tudo o que faço com mais sentido. Viver devagar foi o novo sentido que a vida me deu.
O meu blogue acaba por ser uma extensão minha, do que faço, do que sou e do que penso. Por isso mesmo, a partir do dia de hoje, aqui estou eu, em modo slow.
Sejam bem-vindos a esta minha nova forma bonita de viver. Venham saboreá-la comigo! Porque só assim faz sentido.