De acordo com a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), consideram-se suplementos alimentares “os géneros alimentícios que se destinam a complementar e/ou suplementar o regime alimentar normal”, pois constituem fontes de determinadas substâncias/nutrientes.
Os suplementos alimentares podem ser comercializados sob a forma de cápsulas, comprimidos, saquetas, ampolas, frascos com conta-gotas, entre outros. São de venda livre, não necessitam de receita médica e estão acessíveis a qualquer pessoa. Contudo, isto não significa que todos os devamos tomar. A sua toma deverá ser sempre aconselhada por um profissional de saúde.
Podemos dividir os suplementos em duas categorias: os nutricionais e os ergogénicos. Os suplementos nutricionais destinam-se a corrigir carências nutricionais existentes ou a reforçar um eventual aporte insuficiente pela alimentação. Os suplementos ergogénicos contêm substâncias que podem ter um impacto benéfico na performance, que têm como objetivo potenciar o rendimento desportivo.
A suplementação depende do indíviduo, da sua idade, condição clínica e estado nutricional, necessidades energéticas e nutricionais e do objetivo em questão. É necessária uma avaliação detalhada para decidir se é necessário suplementar ou não. Dados como parâmetros bioquímicos são imprescindíveis no aconselhamento de suplementos: se existirem défices, vamos colmatá-los.
Cada vez mais é importante reforçar que os suplementos alimentares não substituem uma alimentação completa (que inclua alimentos de todos os grupos alimentares), equilibrada (respeitando as porções diárias recomendadas para cada grupo de alimentos) e variada (garantindo que escolhe diferentes alimentos, dentro do mesmo grupo alimentar). Os suplementos apenas complementam, como o próprio nome indica, e ajudam a suprir determinadas necessidades quando estas não são atingidas com a alimentação.
Pontos-chave a reter: Uma alimentação saudável dispensa suplementos? Uma alimentação completa, variada e equilibrada pode suprir todas as necessidades energéticas e nutricionais de um indivíduo. Contudo, caso sejam detetadas carências nutricionais, a suplementação deve ser equacionada. Além disso, em algumas situações específicas, a suplementação desportiva certa pode fazer a diferença nos resultados. Suplemento alimentar substitui a alimentação? Nunca. Os suplementos nunca devem substituir uma alimentação variada e equilibrada e devem ser sempre recomendados por um profissional de saúde. A ingestão excessiva de suplementos pode causar efeitos colaterais? Sim, o uso abusivo de suplementos pode pôr em risco o metabolismo ósseo, renal e hepático. |
Agora já sabe: o suplemento alimentar que pode ser adequado para um certo indivíduo pode não ser o mais indicado para si ou para um familiar/amigo seu. O mais importante é não se auto-suplementar e procurar sempre aconselhamento nutricional.