Por Cristina Amaro
Este ano optei pela Grande Conferência da Liderança no Feminino, promovida pela Executiva. E não me arrependi. Trouxe inúmeras reflexões, ideias para novos negócios, novas formas de comunicar e ensinamentos que ficam para a vida. E, sobretudo, que valem ouro.
Partilho consigo agora alguns shots de inspiração que vale a pena reter:
- Para se chegar ao topo é preciso, em primeiro lugar, ter amor ao que se faz, ser humilde e mostrar que estamos preparados para o desafio. Que o queremos abraçar e que gostávamos de ter uma oportunidade. Mostrar ambição saudável é muito importante.
- Como chegar ao topo e ficar lá? Conselho generalizado e de mulheres para mulheres: não tenham medo. As mulheres têm tendência para se diminuir. Não o façam. Desafiem-se nesse medo. A aprendizagem faz parte do caminho.
- Para manter o lugar: sermos genuínas. Sermos consistentes com as nossas missões, com o nosso propósito. Não nos transformemos em algo que não somos.
- Os líderes não fazem. Lideram. Acompanham.
- Levem convosco o conselho da Soledade Carvalho Duarte: Nunca digam “deixa estar que eu faço”. Para a líder da Transearch esse é o principal problema das mulheres, muito próprio das características multitasking que temos. Nunca fazemos uma coisa de cada vez.
- O papel da liderança implica pensar mais estratégia, menos operação e pensar plano de negócio. Olhar para a frente. As empresas precisam disto e nós temos cada vez menos tempo para isso.
- Outro tópico levado a palco foi a questão dos direitos e deveres. Tema que a muitos de nós diz respeito e que importa também trazer para reflexão. Há cada vez mais tendência para a exigência de direitos, benefícios, sem que se pondere sobre o que eles representam, na verdade, para as organizações. Grandes empresas estão mais capacitadas para esse tópico, mas as PMEs sentem-no de outra forma. Importa sensibilizar para o seguinte: um direito equivale a um dever. Quanto mais direitos queremos mais deveres temos de assumir. Não há vantagens sem obrigações e isso nem sempre é compreendido. Mas tem de ser.
Depois, algo simples mas precioso: a importância da comunicação na liderança. Retenham: “Liderar é comunicar”. Quem o diz é Sandra Duarte Tavares, consultora linguística e apaixonada pelas palavras e pelo seu poder. Gosto de me rever na sua apresentação que fala de três palavras vitais para a liderança com sucesso:
Clareza – Sermos claros na comunicação para sermos bem compreendidos pelo nosso público. Uma escrita simples é muito mais valiosa.
Rigor – Sermos rigorosos para sermos credíveis. As palavras certas. A escrita sem erros. A correta forma de falar.
Empatia – A relação entre as palavras e as emoções. As palavras têm carga afetiva e as emoções geram comportamentos. Uma palavra pode estragar uma relação. Vale a pena pensar e estudar a importância e o peso das palavras positivas, neutras e negativas.
Valeu a pena por tudo isto. Mas, acima de tudo, valeu a pena investir o meu tempo nas conversas que me permitiram perceber que as minhas dores quanto líder são comuns a todos outros.
Mais uma vez, se dermos as mãos não caminhamos sozinhos. E este caminho de liderança é por si só solitário.
Trouxe para casa a vontade de ouvir mais e falar menos e de me lembrar que a paz é mais importante do que a razão. Ideias simples mas que muitas vezes o dia a dia nos faz esquecer.
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