Cristina Amaro
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Perdi a Jornada, mas não perdi a mensagem

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A vida

Perdi a Jornada, mas não perdi a mensagem

Jornada Mundial da Juventude

Por Cristina Amaro

O ritmo de vida frenético que tenho não me fez parar a tempo de perceber que teria sido importante para mim acompanhar a Jornada Mundial da Juventude 2023 presencialmente. Sentir cada palavra ao vivo. Viver cada gesto, sentindo-o, no local onde acontece. Gosto disso. De sentir intensamente o que vivo. E de viver intensamente o que a vida me dá.

Não me distraí, porém, da mensagem do todo e do que ela tinha para me dar. Assisti a tudo o que consegui pela televisão, pela rádio e nas diversas plataformas digitais. Emocionei-me. Muitas vezes. E como não, se tudo o que aconteceu teve palco em Lisboa? A minha cidade. A cidade onde nasci, onde tenho raízes. As raízes de que o Papa falou na missa de encerramento. As raízes da alegria que todos devemos procurar na vida e que por vezes a vida nos rouba, aqui e ali. Faz parte. Sabemos disso. Mas também devemos não esquecer que cabe a nós próprios não as deixarmos ir. Cabe-nos a nós encontrá-las cá dentro. Dentro de nós próprios. As nossas raízes são o nosso equilíbrio.

Seja qual for a fé que cada um de nós tem, há uma luz interior que nos deve guiar. A luz que nos ilumina o caminho. Que nos tira o medo. Que nos dá força e motivos para continuar.

Nós vivemos em paz. Podemos ter um país com dificuldades mas temos um país sem guerra. Agora pensem nos que vão voltar para os seus países de origem e não vão encontrar paz… É por isto que é tão importante levarem com eles a palavra amor. A força da fé. Do seu Deus interior. Mas mesmo tendo paz em Portugal, importa termos também paz dentro de nós. De nada nos serve a paz exterior se não encontrarmos a interior. Daí a importância de a procurarmos todos os dias.

Perdi a Jornada Mundial da Juventude, mas não perdi o mais importante: as mensagens que dela ficam para mim. E muitas delas vieram reforçar atitudes, sentimentos e comportamentos que já tinha. Eram meus. Prova de que estou no bom caminho. 

Sou empreendedora de sonhos. Sim. Desde pequena. Sou ativista da fé (a minha, que não cabe numa religião, embora me identifique com a religião católica), da força que ela nos dá para acreditar e para enfrentar as adversidades. Sou defensora de que o medo nos bloqueia, nos cria frustração e desilusão. Por isso, não consigo viver com medo. Tenho de me sentir conectada com o interior que me guia e me alerta ou liberta. 

Voto na alegria e no poder que tem para encher o nosso coração. Apologista do silêncio como forma de me encontrar. Defensora do respeito pelo outro. Sempre. Sou subscritora da ideia de que o amor nos liberta. 

Escutemo-nos mais uns aos outros. Olhemos menos de cima para baixo (não se esqueçam das palavras do Papa Francisco: o único momento em que isso deve ter lugar é para ajudar alguém a levantar-se). Não continuemos caídos e levantemo-nos.

Acreditar é a única forma de conseguirmos enfrentar o desconhecido, o amanhã, o que se prevê difícil. E o mundo está cheio de coisas difíceis. Basta olharmos à nossa volta. A incerteza enfrenta-se acreditando. E é essa força interior que nos leva a dar o passo. 

Que grande mensagem o Papa Francisco deixa à nossa linda Lisboa. A cidade dos sonhos, como referiu, que fica na memória de milhares de pessoas

Segundo o próprio, fomos a melhor organização de sempre. Estamos todos de parabéns. Cada português que acolheu de braços abertos este momento e, em especial, os voluntários. Devemos a cada um deles o nosso respeito.

É com grande orgulho que vos digo que o Vice-Presidente da Brands Community integrou a comitiva de organização e que o vejo hoje radiante por tudo ter corrido de forma exemplar. Parabéns também para ti, David Azevedo Lopes! Obrigada por teres acreditado sempre e teres dado o máximo para que fosse um momento memorável. E foi!

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