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O Pilates está para o corpo como o amor está para as empresas

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Slow life

O Pilates está para o corpo como o amor está para as empresas

O Pilates está para o corpo como o amor está para as empresas

Por Liliana Dias, professora de pilates Kuantik Pilates

“Pilates é conexão e libertação.

É foco e expansão.

É o conhecimento e a transformação.

É ir conhecendo novos limites e testando com prazer a sua superação.

É um bem-estar do corpo e da alma, um sentir-se dentro si próprio com clareza e leveza.” I.S.

O Pilates é aquela palavra que arrisco a dizer que quase todos já ouviram falar, certo?

No passado era visto como uma atividade para idosos e praticado essencialmente por mulheres. Hoje em dia este conceito felizmente já se está a alterar.

Este método baseia-se em exercícios controlados que se focam no alinhamento correto do corpo, na respiração consciente e na conexão entre corpo e mente. Promove a nossa literacia corporal, algo muito invulgar nos portugueses, dado que poucos de nós conhece realmente o seu corpo e as suas funções.

Pilates é uma ótima porta de entrada nesta caminhada da consciência corporal – e até emocional – que nos ajuda a prevenir mais doenças e a viver a vida de forma mais plena e feliz.

Hoje em dia, a existência de estúdios equipados com máquinas semelhantes às criadas por Joseph Pilates e a formação de professores especializados na “Corrente Clássica” no nosso país permite que esta prática possa ser desenvolvida de forma mais próxima e real.

Mas afinal, quem era Joseph Pilates e o que é isto do Pilates?

Pilates, como o próprio nome indica, foi criado por Joseph Pilates no início do século XX, que lhe deu o nome de Contrologia, a arte de controlar o corpo.

Nascido na Alemanha, Joseph sofria de várias doenças e problemas de saúde desde jovem, o que o motivou a estudar diferentes formas de exercícios e terapias para melhorar sua condição física. Ele combinou elementos do yoga, da dança, da ginástica e da fisioterapia.

Após a 1ª Guerra Mundial, onde chegou a desenvolver os seus exercícios num campo de concentração, mudou-se para os Estados Unidos e abriu seu primeiro estúdio de Pilates em Nova York, onde o seu método se tornou popular entre bailarinos e atletas.

Com o passar dos anos, tornou-se numa prática amplamente difundida e popular em todo o mundo, devido aos seus benefícios para o fortalecimento muscular, flexibilidade e equilíbrio, dada a forma como é ensinado, respeitando sempre a individualidade de cada pessoa e, por isso, indicado para todas idades.

Inspirada no livro Chief Love Officer de Cristina Amaro, arrisco dizer que “O Pilates está para o corpo, como o amor está para as empresas”.

Cristina Amaro diz-nos: “Amor nas empresas é construir com sentido de missão, é ser otimista e positivo, ser resiliente e ter a capacidade de sofrer para atingir os objetivos. É compreender em vez de julgar. Consciencializar em vez de criticar. É tranquilidade e bem-estar ao final do dia”.

O Pilates é um instrumento para o corpo, que nos proporciona conexão, empatia, autoestima. É uma forma de amar o corpo. Na sua prática dedicada e disciplinada, promove o amor, o amor próprio, o amor pelo corpo, seja ele como for.

Segundo Minnie Freudenthal, uma médica com que me cruzei há muitos anos e que é citada no livro, “o amor facilita a produção das hormonas da felicidade. Viver em amor é reforçar a capacidade de curar. Só o amor pode aliviar a dor. Do ponto de vista da saúde física ele aumenta a imunidade, faz-nos sentir conectados, faz-nos sentir que alguém olha por nós, dá-nos razão de viver.”

No final de uma aula sentimos a felicidade de proporcionar ao nosso corpo um momento de elevação, de aperfeiçoamento, de melhoria. Ganhamos leveza, flexibilidade, força. E essas sensações replicam-se noutras dimensões do nosso ser, ajudando-nos a olhar com mais positividade e otimismo os desafios diários a que somos propostos, chegando a tornar-nos seres mais criativos e mais intuitivos.

O método requer na sua prática a constante aplicação e concretização dos seus princípios.

Este ponto diferencia o Pilates de outras atividades físicas. Não basta aprender um exercício e repeti-lo, é importante executá-lo cumprindo todos os princípios do método. No fundo, é como Joseph Pilates dizia: “Não interessa o que você faz, mas sim como faz.”

A concretização dos princípios da concentração, centralização, precisão, respiração, controlo e fluidez, numa sequência pré-definida de exercícios, irá permitir-lhe dizer que está a fazer Pilates.

Pode ser praticado diariamente, mas no mínimo recomendamos que seja realizado duas vezes por semana e poderá ser aliado a outras atividades físicas, principalmente se desenvolverem a componente cardiovascular, como a corrida, caminhada, natação, andar de bicicleta, padel, etc.

A escolha de um bom profissional para nos acompanhar, é fundamental. Conseguirmos estabelecer a empatia necessária é um ponto-chave, pois a entrega ao método, à prática, deve ser total, de forma a podermos exponenciar os benefícios deste método.

Pilates é um mundo, um universo, um lifestyle que promove a saúde, que nos engrandece como pessoas, nas nossas diferentes dimensões.

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