Por Cristina Amaro e Alexandra Delgado Figueiredo
O papel da mulher no mercado tem vindo a ser sujeito a algumas limitações. Sobretudo, no que diz respeito às dificuldades para chegar a cargos que exigem maiores qualificações técnicas e que oferecem mais possibilidades de ascender na carreira. No entanto, uma coisa é certa: os bons profissionais existem independentemente do género. E na hora de avaliar os candidatos é fundamental analisar tudo e deixar certas questões de parte.
Está biologicamente provado que as mulheres têm uma forma de pensar completamente diferente da dos homens. O cérebro da mulher lida melhor com as emoções, além de que consegue pensar em diversas coisas ao mesmo tempo. Já o homem, organiza os seus pensamentos por prioridades.
As mulheres, no fundo, têm uma visão sempre muito mais global, bem como a capacidade de executar mais do que uma tarefa e não apenas aquela a que corresponde o seu cargo. São, acima de tudo, resilientes. Numa era onde as mudanças surgem à velocidade da luz, é importante ter sempre uma pessoa à altura, em permanente atualização, quer pelo avanço tecnológico, quer pelas necessidades da empresa.
A permanente inovação pressupõe uma equipa constituída por pessoas com visões diferentes, com ideias distintas entre si, contribuindo para uma melhoria constante, tanto nos produtos como nos serviços.
É por estas diferenças que se torna fundamental ter uma equipa equilibrada, idealmente composta por homens e mulheres.
Basta olharmos para o maior evento de tecnologia do mundo: o Web Summit. Trouxe a Portugal algumas das mulheres mais influentes do mundo da tecnologia, muitas delas em cargos de liderança de grandes empresas. A organização do evento anunciou que dentro dos 70.469 participantes, de 163 países, quase metade (46,3%) eram mulheres. É um verdadeiro recorde. E representa muito mais do que um número. Uma conquista.
Se há uns anos o mundo da tecnologia era essencialmente masculino, aos poucos, essa realidade está a mudar. E nenhum de nós, sejamos homens ou mulheres, devemos estar aqui para competir. O objetivo deve ser comum: procurar fazer mais e diferente (por e para todos) e crescermos juntos.