Por Anabela Chastre, CEO Atitude Certa I Formação & Eventos para Líderes
“O mundo está a mudar!” Quase como um grito aos nossos ouvidos. Os vídeos, os seminários, as revistas não param de nos alertar.
Mas a velocidade é tão grande, a cada dia que passa, que quem gere a mudança todos os dias nas organizações fica apreensivo. O futuro parece assustador para muitos gestores de pessoas que olham à sua volta e não sentem as suas pessoas preparadas para a mudança, que já começou e que nenhuma organização pode ignorar, correndo o risco de ficar para trás.
Novos produtos, novos serviços, novos modelos de trabalho, novas formas de aprendizagem, tudo isto a acontecer de forma muito rápida no ambiente de trabalho. Isto transforma-se num desafio enorme para o gestor de pessoas, uma vez que as pessoas são a parte mais importante de toda a equação.
Mas o que fazer?
Uma das formas para gerir a mudança dentro da empresa é dar suporte a todas as pessoas que serão de alguma forma afetadas por ela. Dessa forma, é possível implementar a mudança de forma suave e sem resistência.
Mas mesmo com todo o envolvimento das lideranças de topo e intermédias no suporte à mudança, sabemos que nem todos os colaboradores a aceitarão de bom grado. Muitos sentir-se-ão ameaçados, infelizes e incapazes de se ver a si próprios no futuro da organização.
É aqui que o coaching pode ajudar, através de um processo, de uma explicação lógica, o coaching poderá ser a ferramenta para colocar toda a organização alinhada nesta mudança.
Como?
- Levar as pessoas a ver a mudança como uma oportunidade e não como uma ameaça;
- Ajudar as pessoas a abraçarem a mudança, sendo um protagonista na sua equipa e na sua empresa;
- Construir uma equipa mais forte e mais comunicativa, onde cada um saiba o seu papel e valor dentro da mesma;
- Identificar necessidades de formação e de desenvolvimento de competências.
Nesse sentido, poderá seguir a minha sugestão, começando por:
1 – Criar uma equipa que se ocupe do tema da gestão da mudança na empresa – 7 a 8 elementos de preferência que representem as diferentes áreas;
2 – Formar essa equipa com as competências-chave para gerir bem a mudança, nomeadamente em comunicação interpessoal, para ultrapassar possíveis resistências à mudança apresentada;
3 – Formar essa equipa no modelo de gestão da mudança a ser trabalhado em pequenos grupos, equipas ou áreas, posteriormente. Poderá ser usado o modelo de Lewin ou outro modelo à escolha. Eu utilizo o modelo dos 5D`s, desenvolvido por mim em 2015 e que eu apresentei em detalhe, no meu livro “Atitude Certa!”;
4 – Implementar sessões de trabalho na empresa, dinamizadas pela equipa da gestão da mudança, onde se trabalha sobre o modelo escolhido;
5 – De seguida, medir, avaliar, reajustar o plano de trabalho se necessário.
Desta forma, garante-se que o processo de mudança é trabalhado ao mesmo tempo e da mesma forma dentro da organização, traduzindo-se num alinhamento que poderá ser determinante para o sucesso da empresa.
Como diria Charles Darwin, não é a espécie mais forte que sobrevive, nem a mais inteligente, mas aquela que melhor se adapta.
Por isso, abrace o futuro, adapte-se e seja o protagonista da mudança que quer ver na sua empresa.
Sucesso!
Anabela Chastre
www.anabelachastre.pt