Cristina Amaro
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Nunca é tarde para sermos quem somos

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As pessoas

Nunca é tarde para sermos quem somos

Durante alguns minutos, confesso que fiquei impressionada ao ver a fotografia publicada no Instagram pela atriz Gwyneth Paltrow no seu casamento com o produtor Brad Falchuk, no final de setembro. E o que me tocou não foi apenas a beleza dela, ou do vestido de noiva, ou a expressão de felicidade dos dois. Fiquei a pensar que temos a mesma idade: 47 anos. Gwyneth casou-se com pompa e circunstância aos 47. Identifiquei-me com ela.

Fiz um MBA aos 42 anos. Aos 44, resolvi empreender sem experiência, numa nova atividade profissional, praticamente desconhecida no Brasil. Com apenas seis meses de empresa, meti o pé na Europa para estudar e expandir os meus negócios para Portugal.

O meu negócio baseado na minha imagem de marca pessoal nasceu depois dos 40 anos de idade. A gestão da minha marca começou tarde, mas depois disso não perdi um minuto do meu precioso tempo. Estou aqui para provar que sim, é possível realizar sonhos, mudar, decidir tomar novos rumos mesmo “tardios” para alguns. Não para mim.

Acredito que tudo ocorre no tempo certo. Entretanto, trago o exemplo da Gwyneth mas poderia nomear outras tantas pessoas que realizaram mudanças nas suas vidas já em idade adulta, amadurecidas, cientes de quem são e das imensas possibilidades que o Universo abre para quem tem coragem.

E acredito que a coragem é característica de pessoas que se conhecem muito bem a si próprias. Sabem dos seus potenciais, reconhecem os seus talentos e as suas competências. E arriscam. Por isso acabam por inspirar outras pessoas que estão em processo de desconforto nas suas vidas.

Muita gente não percebeu ainda que tem um imenso poder em si. Somos únicos com as nossas características físicas, intelectuais e a nossa empatia. Saber aproveitar a unicidade com propósito para fazer a diferença no mercado, na vida de alguém, é das melhores sensações que se pode ter. E ser-se reconhecido por se ser quem se é num mundo com tanta gente interessante (outros, nem tanto) é libertador.

Olhe para dentro, perceba quem é, e que atividade domina. Todos temos espaço e podemos ser valorizados, lembrados e procurados pelo que oferecemos de melhor, por sermos exatamente quem somos. Mesmo que tardiamente, se assim considera. Nunca é tarde para se decidir pelo que a/o faz feliz.

Luciane Bemfica é especialista em gestão e posicionamento estratégico para marcas pessoais.

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