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Na era da informação desinformamos

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A vida

Na era da informação desinformamos

Na era da informação desinformamos

Por Cristina Amaro e Alexandra Delgado Figueiredo

Hoje venho falar-vos enquanto jornalista e cidadã preocupada com o mundo que estamos a construir. Um assunto sério que, infelizmente, tem vindo a ganhar cada vez mais espaço. Falo-vos hoje de desinformação.

As redes sociais e o digital, no geral, trouxeram-nos variadas vantagens: a partilha do nosso trabalho, daquilo em que acreditamos, do nosso modo de vida;  a entreajuda, através da partilha de casos de pessoas que precisam de algum tipo de contributo e que só através das redes é que conseguem chegar a um maior número de pessoas; o combate a vários tipos de preconceitos; a partilha de algumas fragilidades e de novas realidades, tornando-nos mais próximos do outro, permitindo desconstruir uma série de ideias preconcebidas de que a vida dos outros é sempre melhor que a nossa.

Essencialmente, o digital trouxe-nos esta grande vantagem de podermos estar mais perto uns dos outros e permitiu-nos conhecer outras realidades, muita vezes distantes do nosso “mundo”, através de um mero ecrã. 

Com toda esta partilha na era da informação veio atrás um assunto preocupante: a desinformação, o “diz que disse”, a “fonte próxima” (que ninguém sabe quem é). O excesso de informação transformou-se no oposto daquilo que se pretende.

A própria pandemia trouxe consigo uma série de informações falsas disseminadas nas redes sociais. A dúvida e a incerteza instalaram-se nas casas das pessoas. Passámos a não saber no que acreditar. Uns dizem uma coisa e outros dizem outra. E pelo meio, sem nos apercebermos na maior parte dos casos, circulam informações falsas sem cabimento e fundamento algum. E as pessoas, muitas vezes por desespero, acreditam e nem questionam. Depois surgem as burlas, os assaltos, ou, por exemplo, a toma de medicação indevida, entre tantas outras coisas a que nos últimos tempos temos vindo a assistir.

É fundamental regermo-nos pelas recomendações das autoridades oficiais e desligarmo-nos das coisas que ouvimos “por aí”, sem fundamentação científica alguma. Quando desconhecemos a fonte, devemos sempre conhecer os factos noutras fontes com mais credibilidade e evitar contacto próximo com informação de risco.

Lembrem-se: sempre que uma mensagem vos provocar algum tipo de reação emocional é importante desconfiar dela. Mais: temos o dever de sempre que encontramos notícias falsas as denunciarmos às plataformas competentes.

Deixo-vos este desabafo, que também é um alerta. Informem-se e combatam a desinformação!

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