Voltei a Lisboa de coração cheio. Foi talvez o melhor encontro de pessoas que já vivi. O que mais gente, com gente dentro, coube num palco que pisei como oradora de um evento que tem como propósito a inspiração. Vinha para inspirar uma plateia. Aliás, vínhamos todos. Mas fomos nós, cada um dos 10 oradores, que saímos inspirados.
A magia que se viveu no Auditório do Ramo Grande, na Praia da Vitória, foi inexplicável. Talvez só mesmo na Ilha Terceira fosse possível. Desde a primeira visita, há já uns anos, que esta ilha me pareceu especial. Me pareceu ter uma energia única. Não me enganei! O Faz Acontecer Talks 2019, que tão bem é organizado pelo açoreano André Leonardo e a sua equipa foi, para nós oradores, o melhor de todos. O melhor de sempre. O que nos fez rir e chorar. O que nos fez entrar em histórias de vida que fazem pôr tudo em perspetiva. Que nos fazem sentir que as coisas mais importantes são mesmo as que não ocupam a nossa mente todos os dias. Simplesmente porque as temos como garantidas. Mas…e quando não estão?
Das perdas à superação. Dos sonhos à realidade. Das derrotas às vitórias. Dos projetos às empresas. Da música às marcas. Tanto coube neste palco e tanto cabe nos nossos corações. Nos mais de 500 que “se apertaram” com as histórias que se contaram pela voz de gente com tantas histórias para contar.
Falou-se essencialmente de pessoas que fazem acontecer. Em Portugal e no mundo. Pessoas que fazem a diferença em missões humanitárias como o médico Gustavo Carona, ou na sua própria vida quando a vida lhes tira o mais importante, como fez ao Jorge Coutinho, pai da Nônô, a menina de 5 anos que perdeu a vida com um cancro. Ou lhes tiram uma “peça” de si mesmos, como diz com tão boa disposição o Nuno Santos…
Histórias que não se fragilizam com as fragilidades da vida. Pelo contrário, fortalecem-se com os corações que as comandam. Corações de fé que inspiram quem quer ir mais longe. Histórias de pessoas que dão a volta por cima quando a vida lhes tira o tapete…
Foi disso mesmo que fui falar à Ilha Terceira. Da minha história de vida e da minha resiliência e coragem, como tão bem resumiu o nosso selecionador nacional, campeão de Futsal referindo-se à minha intervenção. Foi sobre mim, sobre o meu lado empreendedor e capaz de fazer acontecer que deixei cada palavra. E sim, pela primeira vez disse num palco, orgulhosamente, que sou autora do único programa de informação sobre marcas em todo o mundo. E que o nosso mundo já conta com 15 anos de emissões semanais na SIC Notícias e milhares de horas de informação produzida também para as plataformas online.
Sim. Orgulhosamente o fiz, como todos os restantes oradores o fizeram quando partilharam as suas histórias. Todos falaram com orgulho, com um brilho especial no olhar, com um coração pleno de felicidade sobre as empresas que criaram, como fez o Rui Fonseca e o João Rocha. As marcas que fizeram nascer, como já tantas nasceram nas mãos do Carlos Coelho, as aventuras das suas vidas para dar uma educação diferente aos seus filhos, como optou a Joana Amen por fazer… Porque também é para isto que existe o Faz Acontecer: para criar orgulho e para aumentar a felicidade. E não ficamos nós mais felizes com a música e com as vitórias da nossa seleção nacional de Futsal que arrecadou o prémio de campeã da Europa? Foi disso que falaram o André Neves e o Jorge Braz. As meninas dos seus olhos que lhes deram tanta inspiração em palco.
Foi mágico. Foi inspirador. Foi gratificante. Cada aplauso. Cada felicitação. Cada agradecimento ao trabalho da minha equipa. Porque muitas pessoas me agradecem o programa que já conta com quase 20 anos na minha vida. Fazem falta mais movimentos de empoderamento de pessoas. Porque são elas que irão empoderar o nosso país. E todos nós, em algum momento, precisamos disto. De um gesto de amor.
P.S.: As imagens que partilho neste texto nunca irão refletir o que sentimos naquela sala. Só estando lá, com os 5 sentidos apurados, pudemos sorrir, chorar e agarrar o coração para não saltar do peito de tanta emoção. Por isso recomendo vivamente estes encontros. Para o ano e sempre! Eu espero lá estar.