Hoje é Dia Internacional da Mulher. A respeito desta data, a nossa jovem jornalista Ema Gil Pires escreveu, para o site do Imagens de Marca, uma notícia que versa sobre as temáticas do equilíbrio de género e sobre a presença das mulheres no meio empresarial. Um estudo a não perder!
Equilíbrio de género: uma ferramenta importante para as empresas
A nível global, as mulheres representam 50% da população em idade ativa de todo o mundo mas, no entanto, apenas geram 37% do PIB: esta foi uma das principais conclusões retiradas do mais recente estudo desenvolvido pela McKinsey & Company, que indica que uma diminuição das diferenças existentes entre os géneros masculino e feminino resultaria num acrescento de 12 triliões de dólares ao nível do PIB global, até ao ano de 2025.
Indicando que as empresas que possuem mulheres em cargos de liderança, de gestão e de execução têm melhores resultados em indicadores como a Margem Líquida, o Retorno sobre o Ativo e a Rentabilidade, a investigação chegou à conclusão que a diversidade de género dentro de uma empresa tem consequências positivas ao nível do desempenho financeiro da mesma.
Considerando os diferentes tipos de comportamento de liderança, o estudo avançou ainda que, na generalidade, as mulheres apresentam atitudes, enquanto líderes, mais eficazes para enfrentar os desafios do futuro: tendo-se superado aos homens em indicadores como a inspiração, a tomada de decisão participativa, as expetativas e recompensas, o desenvolvimento do pessoal e enquanto modelo e exemplo. Ao nível da estimulação intelectual, considerado o comportamento de liderança com maior eficácia nos dias de hoje, os homens e as mulheres apresentam-se igualmente aptos.
Com apenas 27% de mulheres nos Conselhos Administrativos e 17% nos Comités Executivos das empresas, Portugal encontra-se ainda bastante longe de países como os Estados Unidos da América, a Noruega e a Suécia ao nível do equilíbrio entre os géneros. De facto, em 2017, cerca de 58% dos estudantes de licenciatura eram do sexo feminino, mas apenas 29% de mulheres conseguiam alcançar o cargo de gestoras seniores e 6% eram CEO’s de uma empresa.
E enquanto 25% das companhias analisadas têm feito progressos significativos ao nível da representatividade das mulheres, 30% apresentam ainda práticas de diversidade limitadas, enquanto outros 30% revelam interesse nessa diversidade, apesar de tal não ter qualquer impacto concreto nas suas práticas empresariais.
Nesse sentido, apenas 24% dos entrevistados acreditam que os seus CEO’s consideram a diversidade uma das suas dez prioridades estratégicas principais, ao passo que 79% das mulheres questionadas aspiram a alcançar posições de liderança (versus 87% de indivíduos do sexo masculino) e 88% das mesmas estão confiantes de que seriam bem-sucedidas nas mesmas (contra 95% de homens).
Além disso, o estudo permitiu concluir que 31% das mulheres portuguesas dão preferência à sua vida pessoal em detrimento da sua carreira, sendo que 57% do tempo que estas mulheres passam em casa é dedicado à família e às tarefas domésticas. No que diz respeito às mulheres com filhos, esta percentagem aumenta para os 82%.