Cristina Amaro
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Marcas pessoais têm VALOR de mercado

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As pessoas

Marcas pessoais têm VALOR de mercado

Profissionais autónomos, corporativos ou empreendedores cujas marcas têm ou não nome próprio possuem valor de mercado. Isso ocorre independentemente de a pessoa aceitar ou não.

Há profissionais que vendem os seus produtos ou serviços sem dar muita atenção à qualidade do que entregam ao cliente. Esses, provavelmente, estão constantemente preocupados com o fluxo de clientes e de olho no dinheiro que entra basicamente para pagar as contas do mês. É quem está sempre a correr atrás.

Outros, mais conscientes de quem são e do produto ou serviço que vendem, estão mais preocupados em oferecer soluções para as necessidades do nicho de mercado que escolheram. Geralmente, têm agenda cheia, mais clientes qualificados do que apenas quantidade. O mercado é que corre atrás deles.

A diferença entre os dois perfis de profissionais está no personal brand equity, ou valor percebido que o mercado tem sobre eles. O que vai definir o brand equity de cada um é o conjunto de características, como competências técnicas, habilidades, aspetos pessoais (o que inclui gostos e lifestyle), o poder de resolução profissional que oferece por meio de resultados. Quanto mais positiva a marca, mais valor terá no mercado.

É fundamental lembrar que os atributos evidentes e de referência das marcas pessoais passam pela maneira como a pessoa comunica a imagem de marca pessoal e profissional. Por isso, o processo de personal branding é tão importante: quem consegue fazer a gestão da própria marca tem nas mãos o poder de comunicar o posicionamento de forma consciente.

Para saber avaliar a marca pessoal, é necessário prestar atenção a alguns pontos importantes. E o primeiro é a base de marcas poderosas: o autoconhecimento. Quem é você? Quais são as suas habilidades reconhecidas? O que é que você faz que muitos dizem que é o melhor a fazê-lo? Ter consciência de talentos e habilidades, e potencializá-los de acordo com um objetivo definido. É por isso que o autoconhecimento é a primeira etapa do processo de personal branding que desenvolvo com os meus clientes. Mapear e depois direcionar para chegar ao objetivo profissional.

Ter um propósito (o motivo pelo qual a atividade profissional faz total sentido para si e para o seu público-alvo) e conhecer esse público de modo a saber claramente o que resolve para ele são informações poderosas e que estão diretamente ligadas ao valor percebido.

Avalie o seu personal branding: os seus clientes voltam? São fiéis à sua marca? Têm-no como referência? Como o cliente chega até você? Indicação, Google, network? De cinco propostas de orçamento enviadas, quantas se efetivam?

Qualifique-se e aproveite para demonstrar movimento e informação nova. Ir a eventos e cursos e registar com uma selfie nas redes é muito raso para quem deseja ter o seu valor percebido. Aproveite a oportunidade para emitir conhecimento. Faça do evento um facto e aja como repórter de si mesmo. Marketing pessoal não é pecado desde que seja feito com utilidade.

Se chegou até aqui, é hora de refletir. A sua marca pessoal passou por esta jornada para ter o seu valor percebido? Sempre é tempo de iniciar o processo de assumir o protagonismo da sua carreira, de gerenciar o património que faz de si quem é. Para quem já começou, revise constantemente. Gestão da marca pessoal é para a vida.

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